sábado, 12 de março de 2011

O Mito MARILYN MONROE





A cena é antológica: uma loira escultural caminha e uma assanhada saída de ar lhe levanta a saia. Ingênua para os padrões atuais mas polêmica para a década de 50, esta passagem do filme O Pecado Mora ao Lado é uma das que ajudou a tornar a modelo e atriz americana Marilyn Monroe um sex symbol de todas as épocas, ainda mais com a morte prematura aos 36 anos de idade eternizando sua beleza.

Apesar de ter atuado inclusive em um filme chamado Os Homens Preferem as Loiras, Marilyn na verdade nasceu com cabelos castanhos e o nome Norma Jean Barker, em 1942.

Sua mãe tinha problemas mentais e poucas condições financeiras, e o pai jamais foi conhecido. Por isso, ela passou a infância trocando de famílias. Aos 15 anos, já tinha morado com onze famílias diferentes até se casar, no ano seguinte, com James Dougherty, vizinho de seus então pais adotivos. Era o primeiro de três casamentos.

Norma trabalhou um bom tempo em uma fábrica até ser descoberta por um fotógrafo e seguir carreira de modelo. Mas seu desejo era ser estrela de cinema.

Em uma agência, recomendaram à garota que se quisesse entrar em Hollywood precisaria voltar a ser solteira e trocar a cor das madeixas de castanho para loiro platinado. Foi o que ela fez, e depois de diversas fotos em diferentes revistas chamou a atenção em Hollywood. Foi aí que ela trocou de nome. Marilyn foi sugestão do empresário, e Monroe uma homenagem à mãe, Gladys Monroe. No cinema ela fez 30 filmes, incluindo clássicos como Quanto Mais Quente Melhor.

Em 1954, Marilyn casou com um famoso jogador de beisebol, Joe DiMaggio. Aí aura de sensualidade em torno da deusa loira incomodou o ciumento jogador. A cena da saia levantando foi a gota d’água para o divórcio nove meses depois.

O terceiro casamento foi em 1956, com o dramaturgo Arthur Miller. O casamento durou, mas terminou durante as filmagens de Os Desajustados, em 1961 – o próprio Miller tinha adaptado sua peça especialmente para ela. Começava uma fase ruim para Marilyn Monroe, com dependência de álcool e soníferos.

Em 1962, ano em que ganhou o prêmio de Estrela Mais Popular do Mundo, outra cena que entrou para a história: ela cantou Parabéns a Você ao presidente americano John Kennedy.

O envolvimento com ele e seu irmão, Robert Kennedy, ambos casados, até hoje é cercado de mistério, e há quem diga que foi o que causou sua morte misteriosa – assassinato, para muitos.

Em 4 de agosto de 1962, ela foi encontrada morta na cama, de bruços, com o telefone fora do gancho nas mãos. Na época, uma dose letal do calmante nembutal foi considerada a causa da morte.

sábado, 5 de março de 2011

RONNIE VON



Começou sua carreira na época da Jovem Guarda, obtendo grande sucesso com as canções A praça (de autoria de Carlos Imperial) e Meu bem (uma versão em português do próprio Ronnie para a música Girl dos Beatles). Em 1966, apresentou na TV Record o programa "O pequeno mundo de Ronnie Von", no qual interpretava um personagem baseado no livro O pequeno príncipe, herói da literatura infantil. Ficou conhecido por esse apelido durante alguns anos.
No final da década de 60, Ronnie gravou três discos que são verdadeiras relíquias na história da música brasileira. Abusando da psicodelia, muito influenciado por Beatles e antenado com o rock feito na época, Ronnie Von grava um disco homônimo, o A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre contra o império de Nunca mais e Máquina Voadora. Por contar com o desapontamento da gravadora, que na época acreditou que os discos não eram comerciais, fizeram pouco sucesso à época. Hoje, são comprados por pequenas fortunas por colecionadores.
Nos anos 70 voltaria a fazer sucesso na televisão. Além de apresentar um programa de auditório na TV Tupi, fez a novela Cinderela 77.
Em 1984 casou-se com a atriz Bia Seidl, de quem logo se separaria.
Escreveu o livro Mãe de gravata, em que conta sua experiência de ficar com a guarda dos filhos após a separação.
Definindo-se como um metrossexual, nos últimos anos começou a apresentar programas dirigidos ao público feminino, contando com a participação da sua atual esposa Cristina, que o conhecia desde a infância. Na CNT, comandou o Mãe de Gravata.
Atualmente, Ronnie Von apresenta o programa Todo Seu, exibido diariamente nas noites da TV Gazeta, a partir das 22h15 na TV Gazeta, atualmente seu programa registra audiência qualificada com médias em torno de 2 pontos, pico que bate na casa dos 3. O programa Todo Seu chega a bater de frente com a RedeTV (Superpop).
Em março de 2007 foi lançado na internet um tributo independente dedicado à fase psicodélica da obra do cantor, Tudo de Novo - Tributo a Ronnie Von. A homenagem virtual contou com 30 bandas de todo o Brasil.

GOLDEN BOYS



Os Golden Boys começaram a carreira muito jovens, por volta de 1958, como versão brasileira do conjunto americano The Platters. Destacaram-se em apresentações de rádio e televisão, e, inspirados nos quartetos norte-americanos, gravaram vários discos voltados para o público jovem.

Os irmãos Roberto, Renato e Ronaldo também atuaram como compositores de canções de sucesso gravadas por outros artistas, além de serem também produtores. Os Golden Boys excursionaram nos anos 60 por países da América do Sul e gravaram diversos discos.

Os maiores sucessos foram reunidos em uma coletânea de dois volumes da série Melhores Momentos. Algumas dessas faixas são Cabeção (Roberto Correia/ Silvio Sion), Alguém na Multidão (Rossini Pinto) e versões de músicas dos Beatles, como Michelle e Ontem (Yesterday).

Os irmãos mais jovens formaram o Trio Esperança, com Regina, Mario e Evinha, mais tarde substituída pela irmã mais nova, Marizinha.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Nosso Pequeno GRANDE OTELO




Grande Otelo

Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nos anos 1940/50, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. Conheceu Orson Welles quando este veio filmar no Brasil, na década de 1940. O grande ator e diretor estadunidense considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.
Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher se suicidou logo após matar com veneno seu filho de seis anos de idade, que era enteado do ator.
Grande Otelo vivia em Uberlândia quando conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo. Ele voltou a fugir, foi para o Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.
Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.
Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.
No cinema, participou em 1942 do filme It's All True, de Orson Welles.
Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker. Com o fim da dupla com Vera Regina, Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagens título de Macunaíma (1969), filme baseada na obra de Mário de Andrade. Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.
Desde os anos 1960 Otelo era contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como Uma Rosa com Amor, entre várias outras. Também trabalhou no humorístico Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 1990. Seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.
Grande Otelo faleceu em 1993 de um ataque do coração fulminante, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.
Já está disponível para acesso pela web grande parte do Acervo Grande Otelo, recebido oficialmente pela Fundação Nacional da Arte (FUNARTE) em dezembro de 2007. O acervo de Grande Otelo encontrava-se há vários anos em um apartamento da Tijuca, guardado em caixas de papelão, nas quais foram descobertos manuscritos, livros de autoria do ator, e outros com dedicatórias de amigos e personalidades reconhecidas da cultura brasileira; letras de música compostas por ele e parcerias, discos em vinil, fitas-cassete com os mais variados conteúdos (entrevistas, músicas e programas apresentados pelo artista); prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas e certificados) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, TV, teatro, rádio, shows, partituras, correspondências, livros, monografias, poemas, fotos, obras de arte, recortes de jornais e revistas.