quinta-feira, 28 de abril de 2011

Onde foram parar as NORMALISTAS

Onde foram parar as NORMALISTAS ?
Fundado em 1880 por dom Pedro II, o Instituto de Educação acolheu durante décadas a escola normal mais famosa do país. Com bom nível de ensino, ganhou sede própria em 1932. Em estilo neocolonial, ela ocupa um terreno de 18 000 metros quadrados e é equipada com ginásio poliesportivo e piscina semi-olímpica. Tem 150 salas, pelas quais passaram personalidades como as atrizes Tônia Carrero e Marieta Severo, o dramaturgo Gilberto Braga, que se inspirou em sua própria experiência por lá para escrever a minissérie Anos Dourados, levada ao ar em 1986, e Magali Cabral, mãe do governador do Rio. Hoje, atende 4 200 alunos, da educação infantil aos ensinos fundamental e médio. A escola normal funcionou até dezembro de 2000, quando foi transformada em curso superior para se adequar à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. "Dá até depressão ver a que ponto o descaso chegou", lamenta a professora Regina Missen, 68 anos. Formada em 1969, ela testemunhou os áureos tempos. "Ser normalista significava status e emprego garantido", recorda. "Éramos disputadas pelos rapazes."

As meninas de uniforme viraram personagens da cidade, povoaram o sonho dos rapazes e inspiraram escritores e músicos. Nelson Gonçalves homenageou-as na canção Normalista: "Minha linda normalista rapidamente conquista meu coração sem amor", diz a letra.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ERASMO CARLOS e a Jovem Guarda



ERASMO CARLOS e a Jovem Guarda


Erasmo Esteves nasceu no bairro da Tijuca na Zona Norte do Rio e Janeiro, sua mãe saiu da Bahia grávida de um homem que não quis assumir a paternidade.
Erasmo conhecia Sebastião Rodrigues Maia (que mais tarde seria conhecido como Tim Maia) desde a infância, entretanto a amizade só viria na adolescência por conta da febre do Rock and Roll.
Em 1957, Tim Maia montou a banda The Sputniks, os membros da banda eram Tim, Arlênio Lívio, Wellington Oliveira e Roberto Carlos.
Após uma briga entre Tim e Roberto, o grupo foi desfeito, Wellington desistiu da carreira musical, o único remanescente era Arlênio que no ano seguinte resolveu chamar Erasmo e outros amigos da Tijuca, Edson Trindade e José Roberto, conhecido como "China" para formarem o grupo vocal "The Boys of Rock".
Por sugestão de Carlos Imperial o grupo passou a se chamar The Snakes, o grupo acompanhava tanto Roberto quanto Tim Maia em seus respectivos shows.
Erasmo foi apresentado a Roberto por Arlênio Lívio, Roberto precisava da letra da canção Hound Dog, sucesso na voz de Elvis Presley, então Arlênio disse que Erasmo seria a pessoa que possuiria tal letra, pois este era um grande fã de Elvis, Roberto descobriu outras afinidades com Erasmo, além de Elvis, ambos gostavam de Bob Nelson, James Dean, Marlon Brando, Marilyn Monroe, torciam para o Vasco da Gama.
Quando fazia parte do The Snakes, Tim Maia ensinou Erasmo a tocar violão.
o The Snakes chegou a acompanhar, o cantor Cauby Peixoto em sua inusitada passagem pelo rock, na gravação de "Rock and Roll em Copacabana" de 1957 e no filme "Minha Sogra é da Polícia" (1958), onde o cantor interpreta a canção "That's Rock" composta por Imperial.
Nos tempos da juventude também conheceu, Jorge Ben Jor, na época conhecido como Babulina e Wilson Simonal, que também foi agenciado por Carlos Imperial.
Erasmo resolveu adotar o nome Carlos no nome artístico em homenagem ao Roberto Carlos e a Carlos Imperial.
Com a chegada da Bossa nova, Erasmo também se deixou influenciar pelo gênero, Roberto chegou a se tornar crooner cantando Bossa nova, bastante influenciado por João Gilberto.
Antes de seguir carreira solo, Erasmo fez parte do banda Renato e Seus Blue Caps.
Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda onde tinha o apelido de Tremendão, imitando as roupas e o estilo de seu ídolo Elvis Presley. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram "Gatinha Manhosa" e "Festa de Arromba".
Em 1966, Erasmo, Eduardo Araújo e Carlos Imperial foram acusados de corrupção de menores, contudo ele e os demais foram inocentados.

Com o término do programa, entrou em crise, mas conseguiu se recuperar com a ajuda de seu parceiro Roberto Carlos e de sua esposa, Narinha. Nessa fase de transição fez sucesso cantando "Sentado à Beira do Caminho" e "Coqueiro Verde", Roberto e Erasmo eram criticados por cantar e compor Rock e de serem americanizados, Coqueiro Verde foi o primeiro samba-rock gravado por Erasmo.

Chegou a dividir uma apartamento com Jorge Ben Jor, apontado com um dos criadores do estilo, no Bairro do Brooklin em São Paulo.
O disco Erasmo Carlos e os Tremendões já é um trabalho transitório na carreira do artista. O LP, de 1969, traz interpretações muito peculiares de canções de compositores da MPB, como "Saudosismo", de Caetano Veloso e "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso(lançada no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa em que Erasmo atua com Roberto e Wanderléa) e "Teletema" (canção originalmente interpretada por Regininha, sucesso por ter sido tema da novela Véu de Noiva, da Rede Globo), de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, além da primeira gravação de "Sentado à Beira do Caminho".

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PRIMO POBRE - PRIMO RICO



PRIMO POBRE - PRIMO RICO

O programa estreou na Rede Globo em 16 de setembro de 1968, permanecendo no ar até dezembro de 1971. Inicialmente, era apresentado ao vivo e tinha como apresentador Augusto César Vannucci. Em 1972, o humorístico passou a ser apresentado na TV Tupi, e só retornaria para a Globo em 1975 até 1983, com apresentação de Paulo Silvino. No ano seguinte, contudo, o programa foi cancelado.


NOVELA VÉU DE NOIVA



Véu de Noiva

Véu de Noiva é uma telenovela brasileira que foi produzida pela Rede Globo e exibida entre 10 de novembro de 1969 e 6 de junho de 1970, com um total de 204 capítulos. Foi a oitava "novela das oito", e quarta integralmente escrita por Janete Clair, sucedendo Rosa Rebelde e antecedendo Irmãos Coragem - ambas também de Clair - no horário.
Dirigida por Daniel Filho, e com Regina Duarte, Cláudio Marzo, Betty Faria, Myriam Pérsia e Geraldo del Rey nos papéis principais, Véu de Noiva foi a primeira telenovela contemporânea da Globo, uma resposta à tendência iniciada por Beto Rockfeller, exibida em 1969 pela TV Tupi. Foi também a primeira telenovela de seu horário a ser ambientada no Brasil, a primeira a ter músicas compostas por encomenda para serem incluídas em sua trilha sonora e a primeira a usar o recurso narrativo do "Quem matou?" em seu enredo.


Wanderléa - Parando o casamento






Wanderléa




Nascida em Governador Valadares, Wanderléa se mudou aos 9 anos de idade para o Rio de janeiro com a família, para se tornar a mais importante cantora da Jovem Guarda. Já aos 10 anos ganhava concursos em rádios e lançou em 1962 o primeiro compacto. No ano seguinte sai o primeiro LP, "Wanderléa", pela CBS. Na gravadora conhece Roberto(com quem teve um rápido namoro) e Erasmo Carlos, e passa a apresentar em agosto de 1965 o programa Jovem Guarda pela TV Record de São Paulo. Transmitido nas tarde de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram as primeiras estrelas do rock brasileiro. Participou de filmes ao lado de Roberto Carlos e, depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Atualmente se apresenta cantando seus maiores sucessos, como "Pare o Casamento" (versão de Luís Keller), "Ternura" (Rossini Pinto) e "Prova de Fogo" (Erasmo Carlos).

RPM - LONDON, LONDON





RPM

Revoluções por Minuto (também conhecida somente por RPM) é um grupo de rock brasileiro surgido em 1985, tendo sido um dos mais populares do país nos anos de 1986 e1987. Foi um dos grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira. Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira. A suposta visão crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda. A banda vendeu mais de 3 milhões de discos em sua carreira.

domingo, 17 de abril de 2011

Eu conheci o MACACO TIÃO



MACACO TIÃO


Macaco Tião (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1963 - Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 1996) é o nome de um chimpanzé do Zoológico do Rio Janeiro que era bastante querido pelas crianças e outros frequentadores do zôo.
Seu nome "Tião" é uma homenagem ao padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Sebastião.
Com 1,52m de altura e 70kg, o Macaco Tião tornou-se uma celebridade no Brasil depois que os humoristas do Casseta e Planeta lançaram a sua candidatura não oficial para a Prefeitura do Rio de Janeiro em 1988. O Macaco Tião teve naquele pleito mais de 400 mil dos votos dos eleitores, alcançando o terceiro lugar, de um total de doze candidatos. Este fato o fez constar no Guinness World Records como o chimpanzé a receber mais votos no mundo. Como Tião não era um candidato reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, todos os votos dados para ele foram considerados nulos.
A partir do pleito de 1996 os eleitores passaram a ficar impossibilitados de votar no Macaco Tião. Nesse ano a urna eletrônica substituiu a votação por cédulas onde os eleitores tinham que digitar o número do candidato ao invés de escrever o nome.
O Macaco Tião sempre foi motivo de grande atenção. Ele ocupava um recinto nobre no zôo, especialmente construído para ele. Famoso nacionalmente, vários jornais brasileiros registraram a notícia do falecimento do macaco, em 23 de dezembro de 1996. Tião morreu de diabetes, aos 34 anos. O prefeito da cidade César Maia decretou luto oficial e determinou bandeiras festivas a meio-mastro, no Zoológico durante 8 dias.


CHICO ANYSIO



CHICO ANYSIO


Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido como Chico Anysio(Maranguape, 12 de abril de 1931), é um humorista, ator, dublador, escritor,compositor e pintor brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, onde possui contrato até 2012.
Chico Anysio trabalhou ao lado, ou mesmo dirigindo, os maiores nomes do humor brasileiro no rádio ou na televisão, como: Paulo Gracindo, Grande Otelo,Costinha, Walter D'Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, entre muitos outros brilhantes humoristas.

domingo, 10 de abril de 2011

Ayrton Senna




Ayrton Senna
Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 — Bolonha, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. É considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.
Seu bom desempenho em categorias anteriores o levou a estrear na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart. Em sua primeira temporada na categoria, Senna rapidamente teve resultados, levando a pequena equipe inglesa a obter resultados jamais alcançados.
Em dezembro de 2009 a revista inglesa Autosport publicou uma matéria onde fez uma eleição para a escolha do melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. A revista consultou 217 pilotos que passaram pela categoria, e Ayrton Senna venceu tal votação.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

LEONEL BRIZOLA



LEONEL BRIZOLA

Considerado o herdeiro político de Getúlio Vargas e de João Goulart, dois ex-presidentes do Brasil, Leonel de Moura Brizola foi um dos mais destacados líderes nacionalistas do país. Ex-governador do Rio Grande do Sul, onde iniciou a sua carreira política, e do Rio de Janeiro, onde fixou residência em meados da década de 60, Brizola nasceu no dia 22 de janeiro de 1922, no povoado de Cruzinha, que pertencia a Passo Fundo (RS). Em 1931, passou à jurisdição de Carazinho (RS).


Filho de camponeses pobres, Leonel Brizola estudou em Passo Fundo e em Viamão, antes de ingressar no curso de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se formou em 1949. Na época, Brizola já tinha iniciado a sua carreira política. Dois anos depois de filiar-se ao PTB (1945), foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul. Em 1950, casou-se com Neuza Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart (1961/64), tendo como um dos padrinhos outro líder histórico do Brasil: Getúlio Vargas.

Em 1951, Leonel Brizola sofreu uma grande derrota política, ao perder a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre. Mesmo assim, continuou trabalhando nos bastidores e voltou à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 1954. No ano seguinte, deixa a AL para disputar novamente a Prefeitura da capital gaúcha. Desta vez, os eleitores garantiram a sua vitória.

Com a popularidade crescendo muito, Brizola não teve nenhuma dificuldade nas eleições de 1958, quando se elegeu governador do Rio Grande do Sul, com mais de 55% dos votos válidos. Em 1962, pela primeira vez, Brizola foi eleito deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara, com uma votação recorde - 269 mil votos.

Como parlamentar, fez discursos veementes defendendo a implantação da reforma agrária e a distribuição de renda no Brasil. Com a deposição do presidente João Goulart pelos militares, em 1964, Leonel Brizola foi obrigado a se exilar no Uruguai. Somente voltou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia.

Depois de perder a legenda do PTB, Brizola fundou o PDT, partido pelo qual foi eleito governador do Rio de Janeiro em 1983. Na antiga capital federal, a sua administração foi marcada pela criação de dezenas de Cieps, os centros integrados de educação, copiados por muitos políticos nos anos seguintes. Em 1984, apoiou a campanha das Diretas-Já, um projeto derrotado do então deputado Dante de Oliveira.

Cinco anos mais tarde, participou da primeira eleição direta à Presidência da República no Brasil desde o golpe militar de 1964, ficando em terceiro lugar. Na época, no segundo turno, apoiou o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva (derrotado por Fernando Collor) que, anos depois, veria o seu sonho de chegar ao Palácio do Planalto tornar-se realidade.

No ano seguinte, pela segunda vez, Brizola conquistou o governo do Rio de Janeiro. Com posições firmes em defesa dos produtores nacionais e sempre defendendo restrições ao capital estrangeiro no país, Brizola disputou novamente a Presidência da República em 94, mas a sua participação foi decepcionante, obtendo apenas 3,2% dos votos válidos. 

Com a política no sangue, Brizola foi candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva em 98 e novamente foi derrotado _os eleitores brasileiros conduziram Fernando Henrique Cardoso à reeleição. No final de sua carreira, mais duas derrotas: a Prefeitura do Rio de Janeiro (2000) e o Senado (2002). 

Em dezembro de 2003, já com Lula como presidente, Leonel Brizola rompeu com a base aliada e começou a fazer críticas constantes à administração federal.

Brizola morreu aos 82 anos no dia 21 de junho de 2004, de infarto decorrente de complicações infecciosas, no Rio de Janeiro.

domingo, 3 de abril de 2011

TOPO GIGIO



TOPO GIGIO


O Topo Gigio é uma personagem de um programa infantil, criada na Itália, em 1958, por Maria Perego.
Topo Gigio é um rato com uma personalidade infantil, muito popular na Itália durante várias décadas. Atua regularmente no concurso Sequim d'Ouro. Fora da Itália, Topo Gigio já fez parte de outros programas de televisão como o Ed Sullivan's Show, nos Estados Unidos, ou Topo Gigio and the Missile War (1966, dir. Kon Ichikawa) e Nippon Animation (1988), um cartoon, no Japão. Fez, também, sucesso no Brasil, em programas apresentados por Agildo Ribeiro em 1969, e em Portugal, em 1979, num programa televisivo apresentado por Rui Guedes e onde António Semedo lhe dava a voz. Mais recentemente, na década de 1990, entrou em programas como o Big Show Sic, de João Baião.
Na década de 1980, o Topo Gigio voltou à TV brasileira na Rede Bandeirantes, em 1983 com o programa "Boa Noite Amiguinhos" e novamente em 1987, agora em parceria com o ator Ricardo Petráglia, chamado pelo Topo Gigio de Dick Petra. Nessa época também foram lançados no Brasil dois LPs com o Topo Gigio: "Topo Gigio no Brasil" em 1987 e "Topo Gigio Volume 2" em 1988. Ainda em 1987, um filme foi produzido pela TV Bandeirantes: "Topo Gigio - No Castelo do Conde Drácula".

JORGE AMADO





JORGE AMADO
Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos comoTieta do AgresteGabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerrasão criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões, o Nobel da língua portuguesa.

sábado, 2 de abril de 2011

Leno e Lílian





Leno e Lílian

Leno e Lílian era uma dupla de cantores que começou a se apresentar nos anos 60 no programa Jovem Guarda. Era formada por Gileno Osório Wanderley de Azevedo (Natal, RN, 1949) e Sílvia Lília Barrie Knapp (Rio de Janeiro, RJ, 1948).
Em 1966, a dupla lançou o primeiro disco, com as canções "Pobre Menina" e "Devolva-me". O primeiro LP, gravado logo em seguida, incluía essas duas primeiras músicas e ainda "Eu Não Sabia Que Você Existia", outro sucesso.
Já em 1968, com uma separação da dupla, Leno seguiu carreira solo e gravou alguns discos com relativo êxito. Em 1972 eles voltam a se apresentar juntos. Nesse período, lançam canções produzidas e compostas por Raulzito (Raul Seixas), Renato Barros e outros autores, além de composições próprias.
Ao longo das décadas de 1970 e 1980, Lílian e Leno desenvolveram carreiras solo, com alguns breves reencontros.
Em 1980, Lílian obteve grande sucesso com a canção "Sou Rebelde". Nesta época, Lílian posa nua para uma edição especial da revista Homem, da Idéia Editorial.
Nos anos 90, Leno e Lílian participaram de shows comemorativos aos 30 anos de Jovem Guarda e se apresentaram juntos ou separadamente. Alguns discos da dupla e individuais de Leno foram relançados em CD.
Em 2001, Lílian volta em dose dupla: com o CD Lilian Knapp, seu primeiro álbum desde 1992, e o livro Como um Conto de Fadas(Editora Qualigraph), pequeno volume que é uma espécie de "autobiografia informal" da cantora.
Atualmente, Lilian (sob o nome Lil Knapp) faz parte da dupla de rock Kynna com o baterista Kdu Nolla. A dupla chegou a gravar alguns clássicos do rock nacional, com arranjos e cordas do guitarrista Luiz Carlini.

RENATO E SEUS BLUE CAPS





RENATO E SEUS BLUE CAPS
Grupo formado no final dos anos 50 pelos irmãos Renato, Edson e Paulo César, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, com o nome Bacaninhas do Rock da Piedade. O primeiro nome foi censurado e o radialista Jair de Taumaturgo sugeriu o nome definitivo, inspirado no conjunto norte-americano Gene Vincent And His Blue Caps. Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV Rio, apresentado por Carlos Imperial. Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas de língua inglesa (a maioria britânicas), como "Menina Linda", versão de "I Should Have Known Better", "Até o Fim", versão de You Won't See Me" (ambas de Lennon/McCartney) e "Escândalo", versão de "Shame And Scandal In The Family" (Donaldson/ Brown). Já em 1963 Edson saiu do grupo e iniciou carreira solo com o nome Ed Wilson. Foi substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo. Tornaram-se um sucesso se apresentando no programa Jovem Guarda, em shows, festas e bailes. Em 1966 apareceram em dois filmes: Na onda do iê-iê-iê (p&b) e Rio, Verão & Amor (colorido).
Renato teve composições gravadas por outros artistas, como Roberto Carlos e Leno e Lilian. O grupo era formado por Renato Barros, voz; Erasmo Carlos, substituto de Edson Barros, voz; Carlinhos, guitarra; Tony e mais tarde Gelson, bateria; Paulo César Barros, baixo; e Cid, saxofone.

COSTINHA





COSTINHA


Nascido no Rio de Janeiro, capital federal na época, Costinha vem de família de cunho artístico: seu pai foi palhaço de circo. A infância circense iria influenciar a trajetória do humorista de forma definitiva. Porém, a situação estável da família muda quando ele completa treze anos: seu pai e grande ídolo, abandona a família. Na época, o então menino Costinha tem de deixar a vocação artística e pegar no batente. Foi, dentre outras profissões, contínuo, garçom de botequim, engraxate e até apontador de jogo do bicho. Esse convívio ao lado de tipos urbanos e muitas vezes até marginais do Rio dos anos 40, seria muito importante nos personagens feitos pelo humorista posteriormente.
Em 1942, emprega-se como faxineiro da Rádio Tamoio. Pelo novo veículo ganha sua grande chance, sendo radioator em diversos e importantes programas da época como "Cadeira de Barbeiro", "Recruta 23" e mesmo na primeira versão radiofônica da Escolinha do Professor Raimundo. Fez parte do elenco de importantes emissoras da época como a Record e também a Mayrink Veiga. Foi ainda cômico no Teatro de Revista, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.
Em seguida, no veículo pelo qual se tornaria um astro nacional pelas piadas obscenas e pelas famosas imitações de "bichinha". Já como grande personalidade consagrada, Costinha fez diversas propagandas, destacando-se na das Loterias do Rio de Janeiro (onde chegou a ser dirigido pelo cinemanovista Cacá Diegues), uma delas fez uma sátira, a mais famosas dela. A série de discos de humor nos anos 70 e 80 “O Peru da Festa” e “As Proibidas do Costinha”, tiveram grande vendagem pelo selo CID.
No cinema, sua participação foi intensa desde os anos 50. Sua primeira participação foi logo no polêmico “Anjo do Lodo” de Luiz de Barros. O filme foi a segunda adaptação do livro “Lucíola” de José de Alencar as telas. Voltaria as ordens de Lulu de Barros em “O Rei do Samba”, biografia do lendário sambista Sinhô.
Seu tipo franzino e marcadamente de cabelos engomados, era perfeito para papéis secundários e pontas das chanchadas. Essa função, ele desempenharia com atores como Wilson Grey, Wilson Viana e tantos outros daquela geração. A produtora dominante da época, a Atlântida, tinha astros cômicos como Oscarito e diretores como Carlos Manga. Já a secundária mas não menos importante,Herbert Richers, apostava em outros nomes da época, como Ankito e em realizadores como Victor Lima e J.B. Tanko.
Costinha logo é chamado pela segunda para desempenhar papéis secundários. Às vezes conseguia ser bandido (“De Pernas pro Ar”), um aspone do Carlos Imperial (“Garota Enxuta”) ou mesmo um fotógrafo de jornal (“É de Chuá”). O melhor filme de toda essa fase é “Sherlock de Araque”. Outros filmes do período na época são feitos ao lado de Zé Trindade.
Com a chegada de movimentos cinematográficos mais ambiciosos e pretensamente intelectuais de Gláuber e seus pares, o espaço de comediantes oriundos da chanchada foi a televisão. Nos anos 60, pouquíssimas comédias ou filmes populares foram feitos no Brasil comparados com a década anterior. Uma exceção é um interessante ciclo de fitas policiais e nazi-exploination (“Os Carrascos Estão Entre Nós”). Porém, nomes como Oscarito, Grande Otelo, Ankito se viram mais sem meio do cinema e sem o estrelato de antes.
Mas a televisão, se é um excelente meio para os até então secundários em chanchadas. Por ele, Costinha consegue se tornar uma personalidade conhecida em todo território nacional, levando milhares de brasileiros a darem muitas risadas.
Os anos setentas, trazem os velhos comediantes de volta às telas. O cinema volta a ser popular. Seja em filmes urbanos (“Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva”), homenagens à chanchada (“Salário Mínimo”), filmes de juventude (“Amor em Quatro Tempos”) ou mesmo em pornochanchadas (“Histórias Que As Nossas Babás Não Contavam”). Outra coisa típica da década mais dinâmica da carreira cinematográfica do comediante foram as paródias em que ele drsempenhou o personagem principal em diversos filmes. Isso ocorre em fitas como “O Libertino”, “O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras”, “Costinha, o Rei das Selvas”, “Costinha e o King Mong”, “As Aventuras de Robinson Crusoé”… neste último, faz par com Grande Otelo, dom direção de Mozael Silveira. Continuando atuando em diversas peças de teatro, programas como “Apertura” (Rede Tupi), “Apertem o Riso” (Rede Manchete), “Planeta dos Homens” e “Chico Anysio Show” (Rede Globo), Lírio Mário da Costa continuou levando alegria e risos a milhares de compatriotas.
Gravou vários discos de piadas, sendo os mais famosos os da série O Peru da Festa. Trata-se de uma série de cinco LPs, pela gravadora CID. Todos vinham com a tarja "Proibida a execução pública e a venda para menores de 21 anos", não só pelas piadas consideradas pesadas, mas pelas capas sugestivas. No primeiro volume, Costinha parecia estar nu, com uma mesa tapando suas partes íntimas e um peru assado sendo servido sobre ela. Seu último papel foi como "Seu Mazarito" na Escolinha do Professor Raimundo(1990/1995).
Em 4 de setembro de 1995, Costinha deu entrada no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, com falta de ar, falecendo no dia 15 do mesmo mês aos 72 anos, de enfisema pulmonar. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Foi casado com Irany Pereira da Costa, com quem teve quatro filhos naturais e adotou outros três.


Gírias dos anos 60 e 70

Gírias dos anos 60 e 70


Anos 60


aldeia global (nosso mundo)
bacana (bom, bonito)
boapinta (de boa aparência)
boazuda (mulher bonita)
bolinha (estimulante)
cafona (feio)
calhambeque (carro velho)
cara (indivíduo)
carango (carro)
certinha (mulher bonita)
chapa (amigo)
dar tábua (recusar-se a dançar)
duca (ótimo)
é fogo! (é difícil)
é uma brasa, mora! (é espevitada, danada)
esticada (passar por vários restaurantes e bares noturnos)
fossa (depressão, crise existencial)
gamar (namorar)
gata (mulher bonita)
grana (dinheiro)
jovem guarda (movimento artístico musical)
legal! (ótimo!)
mancar (desrespeitar compromisso)
minisaia (saia curta)
paca (muito)
pão (homem bonito)
papo firme (conversa séria)
papo furado (conversa boba)
pé de chinelo (pessoa sem expressão)
pelego (líder sindical governista)
pode vir quente que estou fervendo (excitada)
pra frente (moderno)
quadrado (conservador)
sifo (deu-se mal)
sifu (deu-se mal)
tremendão (rapaz bonito)
uma brasa, mora (bom, ótimo!)
ziriguidum (samba no pé, molejo de mulata)


Anos 70


Arquibaldos (torcedores de arquibancadas)
aprontar (criar uma situação)
babados (assuntos)
barra (situação difícil)
bicho (amigo)
bicho grilo (pessoa mal vestida)
bicho grilês (idioma de hippies)
biônico (político nomeado pelo governo
bode (confusão)
capanga (bolsa)
careta (pessoa conservadora)
chacrinha (conversa sem objetivo)
chocante (bom ótimo)
chocrível (chocante e horrível)
curtição (aproveitamento)
curtir (aproveitar)
dançou! (caiu!)
dar no pé (ir embora)
dar o cano (não cumprir compromisso)
desligado (distraído)
entrar pelo cano (ser mal sucedido)
estar por fora (mal informado)
falou e disse! (falou)
fazer a cabeça (conquistar uma pessoa)
fofa (mulher bonita)
fofoca (intriga)
geraldinos (torcedores, da geral)
goiaba (bobo)
já era (acabou)
jóia (tudo bem)
legal (ótimo)
maneiro (bom, ótimo)
numa boa (em ótima situação)
podes crer (acredite)
pornô (pornográfico)
repeteco (repetição)
sacou? (entendeu?)
tá legal (ótimo)
tá maus (está ruim)
tô ki tô (estou bem)
tou contigo e não abro (estou do teu lado)
transar (amar)
tutu (dinheiro)